%0 Journal Article %9 ACL : Articles dans des revues avec comité de lecture non répertoriées par l'AERES %A Telles, L. %A Bernardes Faria Campos, A. %A Hillenkamp, Isabelle %A Ferreira de Freitas, A. %T Gênero, neoextrativismo e agroecologia : perspectivas feministas sobre os conflitos ambientais %D 2024 %L fdi:010091629 %G POR %J AMBIENTES : Revista de Geografia e Ecologia Política %@ 2674-6816 %K BRESIL %K MINAS GERAIS ETAT %N 1 %P 104-143 %R 10.48075/amb.v6i1.33158 %U https://www.documentation.ird.fr/hor/fdi:010091629 %> https://horizon.documentation.ird.fr/exl-doc/pleins_textes/2024-08/010091629.pdf %V 6 %W Horizon (IRD) %X Os modos de vida de povos e comunidades tradicionais, camponesas e da agricultura familiar e de vários outros grupos locais, urbanos e rurais, com suas formas específicas de apropriação material e simbólica da natureza, têm sido expostos, cada vez mais, às logicas de extração capitalista e mercantil do trabalho e da natureza, traduzindo-se em conflitos ambientais que impactam de distintas maneiras seus territórios. No século XXI, o neoextrativismo expressa essa forma particular de despossessão capitalista, com forte participação do Estado. No campo de estudos sobre conflitos ambientais e neoextrativismo, predomina o uso da variável ?classe? como dimensão explicativa das desigualdades ambientais e, em decorrência, a notável sub-representação de categorias analíticas importantes, como gênero, raça e etnia. Para reposicionar estas análises, o artigo traz uma análise feminista sobre a forma como os projetos neoextrativistas penetram nos territórios e combina uma abordagem, em diferentes escalas, das resistências protagonizadas pelas mulheres. De forma concreta, nos debruçamos sobre como o avanço da mineração na Zona da Mata mineira tem afetado a vida das comunidades, e das mulheres de forma particular, bem como, as formas como essas sujeitas têm respondido à esta ameaça. Diante de uma masculinidade hegemônica que tenta se impor, afirmamos o protagonismo das mulheres numa resistência ativa e decisiva para a disputa pelos territórios, operada em diferentes escalas interconectadas. Como respostas e alternativas aos projetos neoextrativistas que ameaçam as comunidades, constatamos que, em processo, a agroecologia tem sido adotada como narrativa e como práticas concreta pelas mulheres. %$ 096ENERG ; 098AGRIC ; 021ENVECO ; 106GESOC2 ; 094COMIN