Publications des scientifiques de l'IRD

Mitja Danielle, Marchand G. (2019). O uso da biodiversidade no cotidiano de comunidades amazônicas. In : Le Tourneau F.M. (ed.), Cantavio O. do (ed.). Amazônias brasileiras, situações locais e evoluções. [Bélem] : NUMA/UFPa, 149-179. ISBN 978-85-88998-74-2.

Titre du document
O uso da biodiversidade no cotidiano de comunidades amazônicas
Année de publication
2019
Type de document
Partie d'ouvrage
Auteurs
Mitja Danielle, Marchand G.
In
Le Tourneau F.M. (ed.), Cantavio O. do (ed.) Amazônias brasileiras, situações locais e evoluções
Source
[Bélem] : NUMA/UFPa, 2019, 149-179 ISBN 978-85-88998-74-2
A 'megadiversidade' refere-se à presença em um determinado lugar de numerosas espécies animais e vegetais selvagens, algumas delas podendo ser endêmicas. Se o Brasil assume a liderança dos países megadiversos, isso se deve em parte à Amazônia. Segundo Vieira et al. (2005), a região abriga cerca de 40.000 espécies de plantas vasculares, sendo 75/100 dessas endêmicas. Os mesmos autores lembram que em um quilômetro quadrado de floresta primária é possível encontrar mais de 245 espécies de aves e 14 de primatas. Nas águas, a diversidade de espécies de peixe é também alta: entre 1.500 e 6.000 táxons diferentes segundo Santos e Santos (2005). Para as populações rurais da Amazônia, essa diversidade faz parte do dia a dia, seja como alimento, remédio, fonte de renda ou praga contra a qual lutar pode ser preciso (por exemplo, abatendo animais que perturbam as atividades agrícolas). Além disso, as plantas e os animais servem de suporte à transmissão de técnicas, saberes, lendas e mitos de uma geração para outra. O uso e o acesso à biodiversidade constituíram, e ainda constituem, elementos de reivindicação para a delimitação de áreas protegidas, notadamente para as populações extrativistas e ribeirinhas. Eles também ficam no cerne de diversos conflitos socioambientais mais ou menos violentos (MCGRATH et al., 2014; WANDERLEY, 2008). A literatura científica aponta de modo geral para uma relação mais íntima com a biodiversidade animal e vegetal por parte das populações ditas tradicionais (ribeirinhos, seringueiros, indígenas) em relação às populações agrícolas pioneiras, considerando que a fauna e a flora possuem uma importância maior no modo de vida das primeiras (ver entre outros FRANCO; BARROS, 2006; EMPERAIRE, 1996).
Plan de classement
Sciences du monde végétal [076] ; Etudes, transformation, conservation du milieu naturel [082] ; Economie et sociologie rurale [098]
Localisation
Fonds IRD [F B10079275]
Identifiant IRD
fdi:010079275
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